Pesquisadores da Ohio State University desenvolveram um método para regeneração de tecidos, chamado nanotransfecção tecidual, que conta com um chip contendo uma série de minúsculos canais que aplicam campos elétricos a células individuais.
A criação deste método procura oferecer uma alternativa melhor e mais segura que os métodos convencionais, que se mostram arriscados e ineficientes.
Por exemplo, o método mais utilizado para regeneração de tecidos, envolve o uso de vírus como veículo de entrega dos medicamentos.
Embora esse método tenha grandes chances de cumprir o seu propósito, ele traz complicações adicionais como infectar células, provocar respostas imunes e até formar células cancerígenas.
Ainda outro método popular, chamado eletroporação em massa envolve a exposição de células inteiras a campos elétricos. Isso cria perfurações nas membranas celulares que podem ser usadas como pontos de entrada para materiais genéticos e proteínas.
Porém, assim como o método mencionado anteriormente, isso também tem as suas desvantagens como matar ou estressar algumas das células, enquanto tem efeitos positivos em apenas uma pequena porção da população de células pretendidas.
Entretanto, o novo método desenvolvido pelos pesquisadores da Ohio State University, visa resolver todos esses inconvenientes, veja a seguir mais detalhes sobre a nanotransfecção tecidual.
Como funciona o novo método para regeneração de tecidos?
O novo método desenvolvido para a regeneração de tecidos, afeta apenas uma pequena área da superfície celular, sem perturbar as células inteiras como ocorre no método convencional.
Além disso, os campos elétricos aplicados pelos minúsculos canais do chip, criam um pequeno orifício. Assim, os médicos podem ter maior controle sobre a dosagem injetada na célula.
E para obter esses resultados, os pesquisadores realizaram testes em camundongos. Nos primeiros testes, os pesquisadores desenvolveram um coquetel genético que converte rapidamente células da pele em células endoteliais, sendo este o principal componente dos vasos sanguíneos.
Depois disso, eles aplicaram a técnica em camundongos que tinham as pernas lesionadas com artérias cortadas. E ao longo do teste, eles observaram a formação de novos vasos sanguíneos.
Como resultado, o fluxo sanguíneo aumentou e, após três semanas, os camundongos se recuperaram completamente.
Os pesquisadores também observaram mais um desenvolvimento surpreendente que pode ser um divisor de águas para a regeneração de tecidos.
Eles viram que as células transformadas em células endoteliais, pareciam secretar materiais de reprogramação em vesículas extracelulares que visavam tecidos mais profundos.
Então, após essa descoberta, eles injetaram vesículas extracelulares nos camundongos, colhidas da pele de outros camundongos tratados. Ao fazer isso, os pesquisadores descobriram que as vesículas extracelulares eram tão eficazes quanto usar o próprio chip.
Pois, elas conseguiram converter células da pele em células semelhantes aos neurônios e melhoraram a função mental quando injetadas no cérebro dos camundongos.
Embora essas descobertas sejam bastante promissoras, e tenham levado os pesquisadores a fazer progressos significativos em relação à regeneração de tecidos, ainda é algo muito novo e há perguntas importantes precisando de respostas.
E tais respostas só podem ser respondidas ao longo do tempo e por meio de uma extensa e contínua pesquisa.
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