O open health lembra muito o open banking, não é mesmo? Mas, isso não é por acaso, esse modelo é inspirado no open banking para viabilizar a troca de informações entre laboratórios, convênios, hospitais e demais serviços médicos.
Essa possibilidade foi levantada pelo Ministério da Saúde, ainda está em fase de estudo, a previsão é que a medida seja apresentada até o final de 2022.
Vamos entender o que é o open health e quais as principais vantagens para o setor, acompanhe.
O que é o open health?
O open health pretende compartilhar os dados do paciente com diferentes instituições de saúde como hospitais, clínicas, maternidades, laboratórios e outros.
Esse modelo visa gerar uma espécie de operação casada entre Saúde Suplementar e o Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo total integração entre saúde pública e privada.
Da mesma forma que o open banking trouxe mais transparência ao setor financeiro, o open health almeja o mesmo resultado para o setor da saúde.
Quais são as vantagens do open health?
Adotar um modelo de compartilhamento de dados do setor financeiro para a saúde pode trazer benefícios surpreendentes, tanto para médicos, quanto para pacientes. Confira alguns deles!
Agilidade no atendimento
O open health permite a personalização do atendimento, além de oferecer maior agilidade. Pois, não será necessário investigar todo o histórico do paciente antes de iniciar a consulta, visto que os registros médicos de procedimentos anteriores vão estar todos centralizados no mesmo lugar
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Menor sobrecarga a saúde pública
Com a centralização dos dados do paciente em apenas um sistema, diminui-se a sobrecarga de manutenção desses dados que será responsabilidade tanto do SUS, quanto do sistema de saúde suplementar.
Facilidade para portabilidade de plano de saúde
O open health irá facilitar a portabilidade do plano de saúde, pois os dados disponíveis do paciente estarão em um único sistema onde todos terão acesso.
Apesar das muitas vantagens do modelo inspirado no open banking, ainda é preciso cautela, pois algumas normas e leis em vigor são bem claras quanto ao uso dos dados do paciente.
A principal delas é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), os dados de saúde seguem essas normas, de modo a aumentar a segurança no tratamento de dados dos pacientes.
O Art. 11, parágrafo 5º, da LGPD, por exemplo, proíbe a utilização de dados dos beneficiários por parte das operadoras de saúde “para a prática de seleção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como na contratação e exclusão de beneficiários”.
Então, fica a pergunta: como será a aplicação dessas leis e normas em vigor quando o open health for implementado, haverá uma reformulação delas?
Ainda não sabemos como será a disposição das leis e normas, mas sabemos que essa iniciativa vai abrir inúmeras oportunidades para o setor e poderá alavancar a saúde digital.