Desde o último mês o termo METAVERSO vem ganhando destaque em vários canais de informação, e a expectativa sobre o que esta tecnologia pode significar em termos de transformação digital criou-se um conglomerado de discussões e opiniões distintas que retratam um futuro glorioso. Será?
O termo ganhou relevância após o Facebook anunciar em setembro o investimento de 50 milhões de dólares para construir o seu próprio metaverso. A estimativa da Big Tech é se tornar uma empresa de metaverso em até cinco anos!
Sobretudo o termo não é novo, sua primeira menção foi em uma literatura cyberpunk de ficção científica, chamada Snow Crash do escritor Neal Stephenson em 1980. Desde então, diversos projetos e produtos já empregaram tal tecnologia, como é o caso da Epic Games, desenvolvedora do famoso jogo Fortnite.
A companhia de games, fundada por Tim Sweeney, somou 1 bilhão de dólares em uma rodada de investimento em abril de 2021 para financiar o seu projeto de metaverso.
Em vista destas grandes apostas, empresas de vários setores estão confiantes e acreditam que a tendência agora é de expansão e uma melhora tecnológica significativa que deverá tornar o metaverso mais realista, conquistando números cada vez maiores de adeptos, dando origem a uma nova fronteira de mercado.
Sendo assim vamos entender o que é o metaverso, quais oportunidades as recentes iniciativas sobre esta tecnologia criam para as organizações e outros pontos importantes sobre este novo panorama tecnológico.
O QUE É METAVERSO?

À primeira vista, o metaverso nos permite mergulhar em uma realidade paralela, podendo ser ficcional ou não, onde o usuário obtém uma experiência de imersão no mundo dos bits.
Certamente a imersão nessa realidade não é algo real, mas a sua estruturação no mundo dos átomos, busca passar essa sensação de realidade.
De fato, o metaverso pode parecer uma versão mais personalizada da realidade virtual, mas entre uma tecnologia e outra há diferenças. Para efeitos de comparação, esse novo universo digital seria para a realidade virtual o que o New Beetle é para o Fusca. O metaverso não se restringe a tela do computador, a tecnologia permite que o usuário entre em um universo virtual mais amplo, conectado a todo tipo de ambientação digital.
Assim, ao contrário da realidade virtual, usada primariamente nos games, o metaverso hoje pode ser usado em outras áreas como em reuniões de trabalho, exibição de shows ao vivo, fazer compras ou relaxar. Bem como, experimentar experiências completamente novas que não se encaixam na forma como pensamos sobre computadores e telefones atualmente.
Dessa forma, cada usuário neste mundo paralelo teria um avatar em 3D, representando sua aparência no mundo real. Neste cenário digital as coisas são estruturadas para imitar a realidade. Então o avatar pode circular em uma espécie de cidade digital, visitar uma livraria, um supermercado ou um cinema, e a moeda utilizada para comprar qualquer coisa pelo avatar é a criptomoeda.
Portanto, com o metaverso, o digital e a realidade se integraram em uma coisa só, toda ação tomada dentro deste universo terá consequências no mundo real, como exemplo, as compras feitas serão debitadas da sua conta.
O Fracasso da tecnologia
De acordo com essa perspectiva de imersão e personagem 3D, diversos metaversos surgiram com os videogames, segundo o professor de publicidade e propaganda da USP Luli Radfahrer:
“A tecnologia só dá certo se tem uma aplicação essencial, no caso do metaverso é o jogo, porque faz sentido uma imersão em outro mundo”.
No entanto, o ‘grau de metaverso’ dos jogos varia pelo nível de imersão e a capacidade de propor uma experiência real para o jogador, e a tecnologia comumente é um fator limitante para a constituição de graus mais avançados de metaverso.
Por isso, o metaverso nunca ganhou relevância e ficou confinado apenas ao mundo dos jogos, pois quando a internet se popularizou na década de 1990, certamente existiam várias tecnologias que possibilitaram o metaverso, mais voltado para realidade virtual, como criação de espaços 3D. No começo do século XXI o jogo Second Life, se vendia como um metaverso e teve aporte de muitas empresas com o intuito de estarem no jogo, mas não deu certo.
Sem dúvida podemos citar dois motivos para o insucesso do metaverso na época, o primeiro foi simplesmente uma limitação tecnológica, pois esse universo exige uma grande capacidade de processamento em uma época que a internet estava no período das cavernas, cuja conexão era muito lenta.
O segundo motivo foi a expansão das redes sociais, as pessoas encontraram substitutos muito melhores. Nas redes elas podiam criar sua identidade, exercitar sua personalidade, expressar seu ponto de vista, sem precisar “carregar um corpo”.
O metaverso volta a ganhar destaque

A princípio nos dias atuais a tecnologia avançou muito e isso nos faz repensar o conceito do metaverso. A tecnologia não teve resultados no passado, talvez, porque ela estava à frente do seu tempo.
Agora com todas as inovações tecnológicas e com uma velocidade de conexão muito superior ao dos anos 2000, o metaverso pode decolar e significar um avanço na maneira como interagimos no meio digital.
Acredito que partindo do mesmo pressuposto, as Big Techs Facebook, Microsoft e Epic Games começaram seus investimentos em metaverso visualizando um cenário que mudou ou está prestes a mudar.
A grande aposta e expectativa em torno do investimento em metaverso é que a partir disso, novos avanços tecnológicos serão possíveis.
O primeiro deles é o barateamento maior dos aparelhos de realidade virtual, atingindo um público maior. O segundo seria a melhoria dos gráficos, aumentando o grau de realismo.
Sem dúvida a aposta no metaverso é positiva, pois isso mudará muita coisas, arrisco-me a dizer que com a ascensão do metaverso e a melhoria contínua desta tecnologia, nós entraremos em um novo período da história humana.
Mas inicialmente, é de se esperar que tal tecnologia esteja mais presente apenas em eventos, situações especiais e nos games, é claro, mas não no dia a dia, pelo menos por enquanto.
Quais os desafios da expansão do metaverso no brasil
Em primeiro lugar, o maior desafio para atingir um público maior ainda é o preço alto dos dispositivos de realidade virtual, por isso os investimentos das Big Tech são importantes, porque se elas conseguirem sucesso com as suas estratégias de metaverso, a tendência é que a demanda aumente e com isso o valor diminua.
Ainda outro desafio evidente é o nível em que a tecnologia se encontra, o equipamento tem o mesmo nível de processamento de um celular, então o gráfico não é muito realista.
Com certeza esse cenário seria diferente com a chegada do 5G no Brasil, pois para chegar a um metaverso que promova um maior realismo precisa do 5G que proporciona maior processamento e que, devido a outras características da rede, torna os gráficos mais realistas.
Pandemia acelera o processo
A princípio a pandemia acelerou a transformação digital, uma vez que adotou medidas sanitárias severas como distanciamento social, uso de máscaras, álcool em gel, restrições de funcionamento de vários estabelecimentos de diversos setores da economia, e por mais que as pessoas tentem voltar a normalidade, um novo estilo de vida, mais doméstico, foi instaurado.
Porque, durante a pandemia, devido às duras medidas para conter o vírus, as pessoas não podiam visitar amigos, ir a festas, viajar, ir ao trabalho, fazer compras sem correr o risco de serem contaminadas. Assim se fez necessário apoiar-se no digital para tudo, trabalho, compras, palestras, reunião com os amigos e familiares, aulas etc.
Portanto a pandemia criou uma necessidade e ampliou o olhar de todos nós sobre o impacto do digital em nossa vida e do seu potencial para os negócios. Como resultado, a pandemia fez com que muitas empresas olhassem para o metaverso com mais atenção.
Aliás, muitas organizações relatam que nestes tempos pandêmicos há uma busca muito grande por parte de companhias que precisam fazer eventos remotos, mas mantendo um certo grau de realismo, evitando as chatas e cansativas telas das videochamadas.
Dessa forma, o metaverso poderia proporcionar um serviço remoto com qualidade similar de um evento físico, promovendo uma experiência incrível para os consumidores sem que eles precisem se deslocar de suas casas para ter uma experiência agradável.
Assim uma organização poderia se beneficiar, atendendo diretamente esse público que precisa de eventos online com uma pegada mais real e dinâmica.
Além disso, esses eventos online podem ser bastante econômicos para as organizações, porque o custo de fazer um evento online é bem menor que o custo de um evento físico.
Então, qual é a sua expectativa em relação ao metaverso, você acredita que é um modismo tecnológico ou uma tendência com grande potencial?
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