Já anunciamos em nossas redes sociais a nossa parceria com o Health Innova Hub, espaço criado pelo empreendedor Fernando Cembranelli. E, graças a essa conexão, estivemos no evento Health Innova Investor Summit, que abordou questões sobre investimentos em saúde.
Como atuantes em tecnologia para a área médica, enxergamos nessas realizações ótimos momentos para estabelecer laços e acompanhar as movimentações do mercado. Na ocasião, tivemos inclusive a oportunidade de conversar com representantes de instituições importantes, que nos contaram um pouco de suas estratégias e planos rumo à inovação.
Quanto aos painéis, os convidados falaram sobre estratégias de investimentos em startups e o cenário da saúde do amanhã. Enquanto isso, startups selecionadas fizeram pitchs para apresentar produtos inovadores para a saúde.
Confira a seguir alguns insights que coletamos no Health Innova Investor Summit sobre investimentos em saúde e o relacionamento entre instituições e startups!
Investimentos e propostas para o futuro da saúde
Um dos focos dos painéis foram os modelos de investimento, principalmente o investimento anjo. Esse modelo é caracterizado por pessoas físicas (normalmente empresários) que incentivam startups financeiramente e participam diretamente no desenvolvimento do projeto.
Elcio Morelli (Health Angels BR) reforçou o potencial do investidor anjo, explicando que esse perfil pode ajudar as startups devido à bagagem de relacionamentos construídos e habilidades adquiridas no mercado.
Porém, o modelo ainda está se estruturando no Brasil, como explica Carlos Ballarati (I9Med). “O investimento anjo tem um grande desafio no Brasil, porque ainda está se estruturando e se fortalecendo, o que dá perspectivas de abertura tanto para startups como investidores criarem estruturas cada vez mais sólidas no país”.
Nesse contexto, o investidor precisa levar em consideração a realidade do país para escolher em qual startup colocar dinheiro. Só assim, pode entender quando o projeto é realmente eficiente. Um dado interessante apresentado por Cássio Spina (Anjos do Brasil) é que apenas um entre cada 10 investimentos gera bom resultado.
Sebastião Zanforlim (CETRUS) acredita que muitas startups quebram porque apresentam modelos de negócio altamente escaláveis. Isso prejudica o levantamento de verba e, consequentemente, leva a uma má gestão financeira.
Instituições de saúde apostam na experiência do paciente
O futuro da saúde se concentrará bastante na atenção primária do cuidado de pacientes. No Health Innova Investor Summit, o assunto também foi destaque, mostrando como a experiência do usuário ganham foco nas instituições do setor.
Conversamos com Ballarati, que explicou um pouco sobre o contexto do point-of-care nesse nicho de mercado. “Nós entendemos que o point-of-care e o laboratório de diagnóstico rápido vêm suprir uma fatia do mercado, que é o atendimento primário. Nós queremos encurtar o tempo de diagnóstico ao tempo do tratamento e vemos isso sendo feito através de farmácias, clínicas e home care”.
Ele afirma que a tendência é descentralizar as escolhas da figura do médico, dando mais liberdade aos pacientes, e que, nos EUA, os exames de point-of-care já representam cerca de 20% do mercado. Enquanto isso, nós ainda não temos nem 1% de exames feitos com essa metodologia no Brasil.
Mas nem por isso a experiência perde espaço nos processos de transformação digital. O Grupo Sabin não só investe nesse quesito como também se une a startups que apresentam tecnologias voltadas para a integração de dados.
“Nós acompanhamos os hubs e startups de tecnologia, principalmente aqueles que trazem soluções para melhorar a experiência do nosso cliente”, explica Lidia Abdalla, CEO da companhia.
“Temos olhado para startups que trabalham digitalização, formatização de exames, que trazem soluções para usar algoritmos, inteligência artificial e machine learning para oferecer laudos integrados e mais detalhados, utilizando o máximo dos dados e informações que temos hoje dos nossos pacientes”, ela completa.
O Grupo Sabin é um dos casos de instituições de saúde que está atento às necessidades de transformação digital. As tecnologias que Lidia citou trazem grande potencial para o setor de saúde, seja para elevar a qualidade de atendimento como para melhorar e facilitar os diagnósticos dos pacientes.
Conclusão
Vemos essa aproximação entre instituições de saúde e startups como algo promissor para o futuro da saúde no país. O atual modelo de gestão em saúde, ainda muito analógico, já não atende mais às necessidades dos pacientes do futuro e a tecnologia é o caminho para melhorar a jornada do paciente nas instituições de saúde.
Entendendo que a inteligência artificial é um dos investimentos em saúde com mais destaque para o futuro do setor, nós da RedFox aplicamos essa tecnologia em soluções que agregam valor aos serviços de hospitais e instituições médicas. Conheça a NeuronFoxes, que ajuda, por exemplo, na triagem de exames e na auditoria de contas médicas!