Como atender de forma assertiva a demanda de médicos e outros profissionais de saúde com soluções de inteligência artificial para o cuidado de pacientes?
Essa questão norteou o debate “Inteligência Aumentada: como IA pode ressignificar prevenção, diagnóstico e terapia”, que ocorreu em setembro no HIS 2019.
O painel foi mediado por Mariana Perroni, medical advisor da IBM, e contou com a participação de Marcio Aguiar, Enterprise Senior Sales manager da NVIDIA; Celso Azevedo, CTO da Data H; Guilherme Rabello, gerente Comercial e Inteligência de Mercado na InovaIncor; e Silvio Moreto, CEO & Co-founder da Varstation.
A IA é um caminho sem volta na saúde
Mariana Perroni abriu o painel destacando que a tecnologia sempre teve um papel crucial na saúde. Contudo, se por um lado essa tendência traz resultados positivos, por outro acarreta em mais custos para as instituições e complexidade dos cuidados.
Esse movimento demanda a busca por soluções focadas no acompanhamento dos fluxos nas jornadas do paciente e do médico. Os dados obtidos por prontuários eletrônicos, por exemplo, revelaram-se um bom caminho para esse fim.
O problema é que apenas 0,5% dos dados gerados são analisados. O motivo? As barreiras culturais e de interoperabilidade.
O papel da área assistencial
Para Rabello, é preciso deixar claro que a tecnologia deve ser vista como um meio de alcançar uma solução, em vez de o fim.
Em outras palavras, confiar que as equipes de TI vão criar sozinhas as ferramentas que devem transformar a saúde é um erro. Esse esforço precisa ser multidisciplinar.
“Temos que fazer o que o médico faz com a gente: diagnóstico, análise do cenário e prescrição do tratamento. Terapia para mudança de processo, que é mudança de cultura, que é mudança de gente”, define.
Isso implica em conscientizar os profissionais da área assistencial, ou seja, com contato direto com o paciente, que a inteligência artificial é uma tecnologia assistiva. Em outras palavras, é a que vai resolver o problema dele.
Isso sem falar do papel desses profissionais como consultores na concepção das ferramentas.
Para ele, essa é a forma mais eficiente de alcançar os gestores de saúde, que hoje veem o investimento em tecnologia somente com custo.
Transformação digital de dentro para fora
Uma coisa ficou clara: precisamos trazer o pessoal de saúde para dentro da área tecnológica e dar a eles o protagonismo. E a melhor forma de engajar a cadeia de assistência à saúde na produção das ferramentas de Inteligência é a promoção de eventos e meetups.
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