A preocupação com a transformação digital na saúde já se tornou uma realidade para gestores de clínicas, hospitais e demais estabelecimentos de saúde.
A CEO da RedFox Soluções Digitais, Isabela Abreu, define a transformação digital como uma forma de
“olhar a organização como um todo, revisitar os processos e, ao mesmo tempo, aplicar a tecnologia nesses processos. Não necessariamente só colocar a tecnologia nos processos atuais, mas repensar a forma como ela é hoje e pensar de uma forma completamente diferente para transformar aquilo de maneira digital, muitas vezes inclusive mudando a cultura”.
Na medicina, com efeito, esse contexto se encaixa perfeitamente com as necessidades das organizações, visto que muito se fala em automatizar os processos administrativos e as ferramentas utilizadas pelos médicos.
Mas quais são os desafios da transformação digital na saúde no nosso país? Como esse processo deve ser feito e o que já está em andamento? Confira a seguir!
Os desafios da transformação digital na saúde no Brasil
Um dos principais desafios da transformação digital na saúde é atrair mais atenção para o assunto. Mesmo que as necessidades do mercado estejam ganhando destaque e haja muito espaço para o setor crescer, ainda existem barreiras, como
Questões regulatórias
“O ambiente regulatório da saúde é muito forte, então qualquer mudança que seja feita precisa de uma série de aprovações. Em Saúde, a gente fala de vidas, de pessoas”, explica a CEO da RedFox. De acordo com ela, as discussões para implantar mudanças na medicina são muito importantes nesse sentido e deve-se tomar cuidado para não por a vida dos pacientes em risco.
Baixa eficiência operacional
Outra questão importante é a busca por mais eficiência operacional, gerando oportunidades para aumentar receitas, melhorar o engajamento de pacientes e aumentar a produtividade da equipe. O desenvolvimento de soluções digitais para evoluir esses pontos é parte fundamental do processo de transformação digital.
Isabela aponta que esse desenvolvimento deve ser bem planejado. “Não adianta pegar um processo e aplicar a tecnologia. Isso pode aumentar o problema que tem hoje. A ideia é olhar o procedimento e ver como fazer, parar e pensar como eu posso fazer esse processo de maneira diferente que aumente a produtividade, gere ganho efetivo para a organização. Ao aplicar tecnologia, você ganha agilidade, consegue automatizar processos”.
Como aplicar a transformação digital na saúde
Como a transformação digital na saúde é um processo que exige cautela, uma empresa precisa analisar as suas reais necessidades antes de simplesmente implantar novas tecnologias. Isso exige que haja uma personalização das soluções, já que cada instituição tem contextos, públicos e realidades diferentes.
Por trabalhar com soluções digitais, Isabela tem uma visão bem clara sobre como esse caminho deve ser trilhado. Na RedfFox, muitos clientes vêm da área da saúde e a preocupação com a qualidade das soluções é uma constante. Por isso, a implementação das ferramentas é sempre desenvolvida de forma planejada.
“Em nenhuma empresa, cabe a mesma solução para outras. É claro que depende do nível de maturidade entre elas e a infraestrutura conta bastante, porque, quando a gente fala de mudança e transformação digital, a gente fala não só de pessoas e culturas, mas também de processos. Os processos precisam ser mais ágeis e a empresa precisa estar preparada em questão de tecnologia, principalmente, pra pensar diferente”, ela explica.
Enquanto existem soluções que se encaixam em várias instituições simultaneamente, é preciso analisar a viabilidade para cada caso, entendendo os processos individuais de uma empresa. Se necessário, soluções prontas podem ser contratadas de forma personalizada. A equipe de desenvolvimento é capaz de moldar um produto já pronto para adaptá-lo aos negócios do cliente.
Novos caminhos da saúde digital no Brasil
Ainda há muitos profissionais e instituições que estão fechados para a transformação digital, mas esse processo não pode ser evitado por muito tempo. Embora haja inúmeras inovações e soluções em desenvolvimento no mercado, a medicina tradicional vai precisar se mexer e evoluir.
O Brasil já começa a receber atualizações de acordo com as novidades no exterior e, mais do que isso, já está inserido na produção de tecnologia. A FIAP, por exemplo, tem vários projetos em andamento, incentivando os próprios alunos a inovar e desenvolver tecnologias que são apresentadas anualmente no festival NEXT.
Algumas soluções disponíveis no mercado já permitem realizar agendamentos digitais e exames por dispositivos wearable. A teleconsulta é outra inovação que tem muito potencial, permitindo o acompanhamento à distância por meio dos dispositivos inteligentes.
Quer mais insights sobre a transformação digital na saúde? Então confira a entrevista completa com Isabela Abreu a seguir!